TAYANE SANSCHRÍ

terça-feira, 5 de junho de 2012



Minha memória é ativada intensamente quando estou perto de completar mais um ano de vida: lembranças da minha infância doce e cheia de alegrias, dos lugares que conheci e das pessoas que dividi sorrisos de pureza.
E a melhor e maior lembrança de todas elas são as referentes ao meu avô materno - meu melhor amigo. Um homem sério e um tanto sisudo com seus empregados e filhos, mas que comigo era só poesia. Foi ele quem me disse que nessa vida, mesmo que a tristeza nos assolasse, que a mágoa nos corrompesse e o sorriso nos fosse arrancado, nunca, em hipótese alguma eu deveria acreditar que alguém seria culpado por isso, prq eu, somente eu seria a responsável por todas as coisas boas e ruins que chegassem até a mim. Foi ele quem me ensinou que pedir perdão e perdoar era a qualidade mais digna que um homem poderia possuir.
Era com ele que eu dançava todos os domingos pra saber quem dançava mais músicas, era com ele que eu chorava qdo não ia bem na escola, era ele que repetia a todo instante "querer é poder, vc quer? vá a luta, não espere por ninguém".
Foi com ele que aprendi a nadar e a ajudar o próximo sem esperar nada em troca.
Sempre que estou perto de completar mais um ano de vida, eu fico assim: nostálgica. E agradeço imensamente à Deus por ter tido uma infância feliz, por ter tido a referência de um homem que tinha muito amor dentro dele e um sorriso lindo!



[Tayane Sanschrí]

Um comentário:

  1. Gostei tanto desse texto, dona menina!!!

    Sabe, penso que infância tem cheirinho de avós!
    Fiquei até curiosa para saber como era o semblante do seu avô, tenho certeza que era as das mais doces! :)

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