"Acorda dona moça, a vida passa lá fora e você fica aí olhando pra dentro, fechada no nada. Flores precisam ser coloridas, sorrisos precisam ser enfeitados, estrelas estão amontoadas num canto esperando para iluminar os beirais das janelas. Hoje, uma borboleta comentou que você esqueceu sua aquarela na esquina da praça e crianças travessas andaram brincando de pintar vidraças, achando que eram cores sem dono, sem casa. O que foi que você perdeu, que de tão distante seus olhos não veem mais nada? O que encontrou pelo caminho que a fez descolorir e cansar de sorrir? Quero pintar um coração vermelho em sua boca, para que você se recorde de falar de amor, quero vaga lumes fazendo morada nas suas pestanas para iluminar seu olhar de flor. Vem dona moça, o tempo é agora, a vida é lá fora e tudo fica sem graça sem sua risada gostosa, sem sua mistura de cor."

(Renata Fagundes)

 

Tem gente que inventa sol em dia de chuva, que encontra a palavra certa que vem acompanhada da cumplicidade de quem também não acerta sempre. Possuem braços compridos que por maior que seja a ausência - e olha que eu entendo de ausência, nessa minha vida corrida, sempre encontram o caminho para estar perto da gente. Não pedem nada, se doam, se tornam indispensáveis em nossa vida por terem o dom de soprar nossa tristeza pra beeeem longe.

 [Renata Fagundes]

 

 Mantenha suas palavras sempre leves e doces... Você pode precisar engolir todas elas!

 [Renata Fagundes]

Todo mundo sente medo, sente dor, tenta consertar o que não tem conserto, carregamos marcas que não se apagam, ausências que fazem doer o peito. Mas ainda é possível ouvir estrelas. Deixar que nossa luz nos oriente. Ainda podemos rir como se a alegria fosse nosso melhor adereço.

Acredito que pés descalços é o luxo da alma. Que estar perto é menos físico que a gente pensa. Que olhos falam, palavras estragam, e silêncio grita. Que a gente quer amar pra sempre, abrir o peito, recitar poema, sem se preocupar com o que os outros pensam. Sei que o que mais vale a pena é chamado de coisa pequena, que vira importante quando a gente deixa de achar que é grande.

[Renata Fagundes]

 

As pessoas precisam mostrar todo o tempo o quanto são verdadeiras, polêmias, cheias de atitude. Pura encenação. É preciso se proteger com um escudo enganador para camuflar a fragilidade. Atrás dos muros os jardins são preservados. Mentira. A força de um abraço destrói qualquer muralha.

[Renata Fagundes]

 Sou o resultado das minhas escolhas
por isso em meu vocabulário não existem "por quês."

[Renata Fagundes]

Tem gente que tem alma clarinha, leveza de borboleta e cheirinho de brigadeiro, essas almas não conseguem ser afetadas pela feiura da maldade. 

[Renata Fagundes]

Me deixa ser isso, essa, aquilo...coisa sem explicação

[Renata Fagundes]

Se não pode ser perfeito
que seja...

D
I
V
E
R
T
I
D
O


[Renata Fagundes]

Eu posso plantar gentileza no seu jardim
para florescer nosso cuidado.



Re Fagundes

Eu preciso de palavras cristalizadas ao pé do ouvido, gestos melados para lubrificar as dobradiças das janelas da minha alma.

Re Fagundes

Enquanto ouvir o som das asas das minhas palavras
não saberei o que é silêncio.'


[Renata Fagundes]

Mandei uma carta de despejo para todos os sentimentos pequenos e desnecessários. Não, eu não sou boazinha, nem mereço uma medalha. É que quando o amor ocupa nossa casa, não sobra espaço pra mais nada.


[Renata Fagundes]