TAYANE SANSCHRÍ

Mostrando postagens com marcador Silvia Liliana. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Silvia Liliana. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Amor-próprio


 "  Quando me amei de verdade, comecei-me a livrar de tudo
que não fosse saudável ... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa
que me pusesse para baixo.
De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio."


                         (Silvia Liliana)

Rifa-se um coração


Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração criança que insiste em pregar sustos.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito magoado e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconsequente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu…
“…não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero…”.
Um idealista…Um verdadeiro sonhador…
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá para engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão indicado apenas para quem quer viver intensamente contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu utilizador.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu utilizador dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:
“O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz asneiras e dei-me mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer”.
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu utilizador.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconsequente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adoptado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu utilizador a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

   (Silvia Liliana)

Silêncio


Deita fora a tua televisão, o teu telemóvel, deita fora qualquer objecto similar.
Deita fora qualquer sentimento de culpa, de orgulho, de tristeza.
Deita fora momentos que não queres mais lembrar, pelos quais aprendeste mas estás pronto a esquecer e a mudar a página.
Deita fora a tua vida, se for preciso.
Começa tudo de novo, renasce, vive e sobrevive.

O que vem aí é muito melhor.

                (Por Silvia Liliana - retirado do blog:"Uma vida...sem sentido)

Desilusão ou decepção???


Relacionamentos, sejam do vínculo que for, são sempre difíceis em seu fim. Uma amizade que se acaba, um namoro que fica frio, um casamento que não tem mais razão de ser. Porém, acho que há uma diferença não tão sútil entre se desiludir e se decepcionar. Quando se trata de sentimentos, todo o cuidado é pouco.

A desilusão é algo mais difícil de se evitar. Se duas pessoas, ou pelo menos uma delas, não preza mais o sentimento da outra, não tem jeito, acabou. Mas não é uma escolha. É difícil sim controlar os sentimentos, simplesmente não optamos a quem vamos dedicar nosso amor.

O fim é sempre doloroso, e a desilusão, inevitável. Jurava que aquela pessoa, seria minha amiga para sempre, mas o tempo tratou de afastá-la. Desilusão. A paixão que veio avassaladora e esfriou com a mesma intensidade. Desilusão, de novo. E assim nos levantamos e continuamos a caminhar. A desilusão não nos impede de amarmos novamente com intensidade, ou de começarmos uma nova amizade cheios de esperança.

Por que tanta teoria sobre desiludir-se? Porque, pensando no assunto, dei-me conta de que há algo muito pior do que um coração partido, como referi no início do texto. Se sentir-me enganada, usada, traída...Uma desilusão não causa tudo isso. A palavra responsável por todas as outras que referi é a decepção.

Muito pior do que um namoro que não deu certo por incompatibilidade de personalidades é um relacionamento que acabou por conta de uma traição. Ou alguém que te fez juras, promessas de amor e de repente, muda suas atitudes. É horrível perceber o quanto não conhecia a pessoa que estava ao meu lado, quanto tudo aquilo que parecia ser verdadeiro, era uma farsa. Dói. Causa uma certa revolta, alguma raiva. Ninguém quer ouvir que foi usado ou traído.

A decepção causa desconfiança
Voltar a entregar os nossos sentimentos à outra pessoa não será tarefa fácil. Acabamos afastando as pessoas, até mesmo aquelas que pareciam verdadeiras.

A mágoa fica em forma de cicatriz. 
 
O melhor a fazer é seguir em frente, sempre

Pessoas más estão em toda parte e, se formos otimistas, podemos pensar que elas também nos ensinam algo. Ao primeiro sinal de caráter duvidoso, afastem-se! É o que irei tentar daqui por diante ... (apesar que muitas vezes algumas pessoas se aproximam como lobo  em pele de cordeiro).

Por: Silvia Liliana