Fuga

Por: Tayane Sanschrí

Muitas vezes investimos nossa capacidade de sedução e inteligência para conquistarmos alguém e quando conseguimos, desistimos como se o outro fosse um brinquedinho de madeira em que colocamos e tiramos de nossas vidas.
Será que essa postura imatura não revela a necessidade de uma avaliação urgente sobre nosso eu interior?
Afinal, nada é mais dolorido do que alguém se render aos encantos do outro e este correr quilômetros por não ser capaz de amar. Não quero dizer que se você não se envolve, não têm química, deva manter a relação até Deus dará. Não é isso, que fique bem claro!
Mas, reflita, para que dar o primeiro passo no campo amoroso se você não está disposto a seguir adiante, nem que seja para tentar?
Pare um pouco!
Claro, se alguém te perguntar sobre o motivo deste comportamento você, com certeza, terá uma lista de condições para explicar sua fuga: gosto de outra pessoa, não estou preparado para amar, blá-blá-blá.
Então, já que haviam empecilhos em suas vidas ou dentro de vocês: qual o motivo de fazer o outro acreditar em algo que vocês sequer são capazes de doar, e o pior de se permitir? Falo do amor.
É, porque agindo assim, sem sombras de dúvidas, você revela ser um alguém incapaz de amar a si próprio.
Mas, o pior de tudo não é só essa postura imatura, mas a que vem logo a seguir: para não encarar a situação, foge.
É, foge!!!
Deixa de atender as ligações do outro, que antes você gostava de receber; ou simplemente começa a dar desculpas através de e-mails, sms; ou no pior das hipóteses: some, receiosos de olhar no olho do outro e admitir que você é COVARDE!
Aposto com o mundo que para conquistar o outro, você era um mimo de pessoa, que até Deus, agora, põe em dúvida.
A circunstância aqui, não é sobre relacionamentos consolidados que você não sente mais amor, o teor é bem diferente.
Acorde, ponham-se no lugar do outro.
E se fosse com você?
Antes pensasse em suas atitudes. Toda ação tem uma reação. Toda circunstância vem regada de respostas. Encare-as.
Tss,tss,tss.
Ao invés de ficar aí sentados, 'se culpando', numa tentativa de se redimir pelos atos impensados, ajam com dignidade, a começar com vocês mesmos.
E que isto sirva de lição!!!
Se não podem amar: não prometam amor.
Se não podem viver intensamnete o AMOR: não brinquem com os sentimentos dos outros.
Ajam!!!
Mas, conscientes do que querem, sem medos; respeitem-se e principalemnte respeitem os outros.
Quando vocêss internalizarem essas questões, acreditem, o AMOR invadirá os vossos corações.